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A mostrar mensagens de abril, 2010

Sonhar é Viver

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Pelo sonho é que vamos   Pelo sonho é que vamos,  Comovidos e mudos.   Chegamos? Não chegamos?  Haja ou não haja frutos,  Pelo sonho é que vamos. Basta a fé no que temos.  Basta a esperança naquilo  Que talvez não teremos.  Basta que a alma demos,  Com a mesma alegria,  ao que desconhecemos  E ao que é do dia a dia.    Chegamos? Não chegamos?  - Partimos. Vamos. Somos.   Sebastião da Gama    

Carta do Chefe Índio

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 Introdução Em 1854, o Grande Chefe Branco de Washington, que na altura era o Presidente Franklin Pierce, fez uma oferta de compra de uma grande extensão de terras onde viviam as tribos Suquamish e Duwamish,  prometendo criar uma reserva para o povo indígena.  As palavras do chefe índio Seattle (Seeathl no original índio), proferidas como resposta a esta proposta, foram anotadas pelo médico e poeta Dr. Henry Smith que entendia a língua daquelas tribos. Smith publicou essas palavras com o parafraseado de um poeta americano do século XIX, muito mais tarde, em 1887, no jornal Seattle Sunday Star . Estas palavras sofreram várias mudanças em linguagem e estilo porque foram transcritas por diversas pessoas ao longo do século XX. Não obstante, a essência do pensamento e das palavras do Chefe Nativo Americano continuam bem vivas nesta versão que transcrevo a seguir:   Carta de Seattle    Como se pode comprar ou vender o firmamento,  ou ainda o calor da terra?...

liberdade

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Liberdade    Ai que prazer  Não cumprir um dever,  Ter um livro para ler  E não o fazer!  Ler é maçada,  Estudar é nada.  O sol doira  Sem literatura.  O rio corre, bem ou mal,  Sem edição original.  E a brisa, essa,  De tão naturalmente matinal,  Como tem tempo não tem pressa...    Livros são papéis pintados com tinta.  Estudar é uma coisa em que está indistinta  A distinção entre nada e coisa nenhuma.    Quanto é melhor, quando há bruma,  Esperar por D. Sebastião,  Quer venha ou não!    Grande é a poesia, a bondade e as danças...  Mas o melhor do mundo são as crianças,    Flores, música, o luar, e o sol, que peca  Só quando, em vez de criar, seca.    Mais do que isto  É Jesus Cristo, Que não sabia nada de finanças  Nem consta que tivesse biblioteca...     Fernando Pessoa    

Vida Lenta Vida Feliz

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Vida lenta, Vida feliz    Já parou para pensar naquilo em que a nossa vida se transformou? Corremos, dia a dia, vivemos para o fim de semana. Mal domingo chega já existe na nossa cabeça um relógio em contagem decrescente para a hora em que o despertador toca na segunda-feira. Não há tempo para ouvir as crianças, nem para cozinhar uma refeição em condições.  É tudo rápido. Temos comida rápida e transportes tão rápidos que conseguem atingir velocidades que não são permitidas por lei. Mas o pior é que não damos tempo à vida. Também tem de ser rápida.  As crianças crescem rápido e as mães contam encantadas que o filho com 9 meses já diz palavras, já tem 6 dentes e está a começar a andar. Com 5 anos já pode ir para a escola e se não faz seis até ao dia 31 de Dezembro, arranja-se um relatório psicológico que indique que o grau de desenvolvimento da criança já lhe permite frequentar o primeiro ano.  Os sete anos já não são a idade da razão. E ir para a escola é...

As Minhas Poesias Preferidas

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Rústica   Ser a moça mais linda do povoado Pisar, sempre contente, o mesmo trilho Ver descer sobre o ninho aconchegado A bênção do Senhor em cada filho.   Um vestido de chita bem lavado, Cheirando a alfazema e a tomilho ... Com o luar matar a sede ao gado, Dar às pombas o sol num grão de milho ...   Ser pura como a água da cisterna, Ter confiança numa vida eterna Quando descer à “terra da verdade”...   Meu Deus, dai-me esta calma, esta pobreza! Dou por elas meu trono de Princesa, E todos os meus Reinos de Ansiedade.     Florbela Espanca (1894-1930)   _________________________________________   Eu não sou de ninguém _________________________________ _____________________________ Eu não sou de ninguém!... Quem me quiser Há-de ser luz do Sol em tardes quentes; Nos olhos de água clara há-de trazer As fúlgidas pupilas dos videntes!   Há-de ser seiva no botão repleto, Voz no murmúrio do pequeno...