guerra civil

 


A guerra é sempre uma tragédia, pelo sofrimento e fome que traz, pela perda de vidas, tudo por causas que os que combatem não sabem bem qual é. A guerra civil traz o sofrimento acrescido porque os combatentes de ambas as partes são compatriotas, pertencem ao mesmo país. 

Portugal teve a sua guerra civil no século XIX.  Os grupos em confronto eram liderados por dois irmãos, D. Pedro  (liberais) e D. Miguel (miguelistas) ambos pretendentes ao trono de Portugal.  A guerra Colonial durou de 1961 a 1974 e teve lugar em Angola, Moçambique e Guiné Bissau e roubou o futuro a muitos rapazes jovens portugueses de Portugal e das referidas colónias. Ainda hoje os veteranos deste guerra sofrem as sequelas desta guerra que a maior parte das vezes nem sequer físicas são.

A guerra civil espanhola ocorreu de 1936 a 1939, entre republicanos e nacionalistas e ainda está na memória de muita gente. É baseado nestes anos negros da história de Espanha que um autor desconhecido escreveu um poema sob a forma de uma carta de um soldado para a sua mãe chamado "Madre anoche en las trincheras". O poema faz parte do cancioneiro popular espanhol e foi adaptado por Mafalda Veiga que é responsável também pela música da "Balada do Soldado". As palavras comoventes da letra desta canção contam uma história trágica que pode muito bem ter acontecido numa qualquer guerra civil.


Balada do soldado

(do álbum "Pássaros do Sul", 1987, de Mafalda Veiga)

 

Madre, anoche en las trincheras
Entre el fuego y la metralla
Vi un enemigo correr
La noche estaba cerrada
 
La apunté con mi fusil
Y al tiempo que disparaba
Una luz iluminó
El rostro que yo mataba
 
Clavó su mirada en mí
Con sus ojos ya vacíos
Madre, ¿sabes quién maté?
Aquél soldado enemigo
Era mi amigo José
Compañero de la escuela
Con quien tanto yo jugué
De soldados y trincheras
 
Hoy el fuego era verdad
Y mi amigo ya se entierra
Madre, yo quiero morir
Estoy harto de esta guerra
 
Y si vuelvo a escribir
Tal vez lo haga del cielo
Donde encontraré a José
Y jugaremos de nuevo



 

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