Letras das Canções Preferidas dos meus Pais

Só nós dois


Só nós dois é que sabemos
O quanto nos queremos bem
Só nós dois é que sabemos
Só nós dois e mais ninguém
Só nós dois avaliamos
Este amor, forte, profundo...
Quando o amor acontece
Não pede licença ao mundo

Anda, abraça-me... beija-me
Encosta o teu peito ao meu
Esquece o que vai na rua
Vem ser meu, eu serei tua
Que falem não nos interessa
O mundo não nos importa
O nosso mundo começa
Cá; dentro da nossa porta.

Só nós dois é que sabemos
O calor dos nossos beijos
Só nós dois é que sofremos
As torturas dos desejos
Vamos viver o presente
Tal-qual a vida nos dá
O que reserva o futuro
Só Deus sabe o que será.

          Letra e música - Joaquim Pimentel
            Interpretação- Tony de Matos 
 

 
 
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Vocês Sabem Lá

 

Vocês sabem lá 

a saudade de alguém que está perto 

é mais, é pior 

do que a sede que dá no deserto 

é chama que a vida ateia sem dó 

na alma da gente, ao sentir 

que vive só 

 

 Vocês sabem lá 

que tormento é viver sem esperança

é ter coração 

coração que nem dorme nem cansa 

 

Não há maior dor nem viver mais cruel 

que sentir o amargo do fel 

em vez de mel, 

vocês sabem lá

 

Música de Carlos Nóbrega e Sousa, letra de Jerónimo Bragança

Interpretação- Maria de Fátima Bravo 
 
 

 

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A Rosinha dos Limões
Quando ela passa, franzina e cheia de graça,
Há sempre um ar de chalaça, no seu olhar feiticeiro.
Lá vai catita, cada dia mais bonita,
E o seu vestido de chita, tem sempre um ar domingueiro.

Passa ligeira, alegre e namoradeira,
E a sorrir, p'rá rua inteira, vai semeando ilusões.
Quando ela passa, vai vender limões à praça,
E até lhe chamam, por graça, a Rosinha dos limões. 

Quando ela passa, junto da minha janela,
Meus olhos vão atrás dela até ver, da rua, o fim.
Com ar gaiato, ela caminha apressada,
Rindo por tudo e por nada, e às vezes sorri p'ra mim... 

Quando ela passa, apregoando os limões,
A sós, com os meus botões, no vão da minha janela
Fico pensando, que qualquer dia, por graça,
Vou comprar limões à praça e depois, caso com ela! 

                        
   Letra e música de Artur Joaquim de Almeida Ribeiro                                 
   Interpretação- Francisco José 
 

 
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 Lisboa à Noite

Lisboa adormeceu, já se acenderam
Mil velas nos altares das colinas
Guitarras pouco a pouco emudeceram
Cerraram-se as janelas pequeninas

Lisboa dorme um sono repousado
Nos braços voluptuosos do seu Tejo
Cobriu-a a colcha azul do céu estrelado
E a brisa veio, a medo, dar-lhe um beijo

Lisboa
Andou de lado em lado
Foi ver uma toirada
Depois bailou... bebeu...
Lisboa
Ouviu cantar o fado
Rompia a madrugada
Quando ela adormeceu

Lisboa não parou a noite inteira
Boémia, estouvanada, mas bairrista
Foi à sardinha assada lá na Feira
E à segunda sessão duma revista

Dali pró Bairro Alto então galgou
No céu a lua cheia refulgia
Ouviu cantar a Amália e então sonhou
Que era a saudade aquela voz que ouvia

Lisboa
Andou de lado em lado
Foi ver uma toirada
Depois bailou... bebeu...
Lisboa
Ouviu cantar o fado
Rompia a madrugada
Quando ela adormeceu 
 
  letra e música-Fernando Santos e Carlos Dias  
Interpretação- Tony de Matos 

 
 
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 Tempo volta Pra trás 
 A Severa, foi-se embora.
O tempo, p'ra mim parou.
Passado que foi com ela,
Para mim não mais voltou.

As horas pra mim são dias,
As horas pra mim são dias,
Os dias pra mim são anos.

Recordação é saudade,
Recordação é saudade,
Saudades são desenganos. 

Oh tempo volta pra trás,
Traz-me tudo o que eu perdi.
Tem pena e dá-me a vida,
A vida que eu já vivi. 

Oh tempo volta pra trás,
Mata as minhas esperanças vãs.
Vê que até o próprio sol,
Volta todas as manhãs.

Vê que até o próprio sol,
Volta todas as manhãs.

Porque será que o passado,
E o amor são tão iguais.
Porque será que o amor,
Quando vai, não volta mais.

Mas para mim a Severa,
Mas para mim a Severa,
Tem o eco dos meus passos.

Eu tenho a saudade à espera,
Eu tenho a saudade à espera,
Que ela volte prós meus braços.

Oh tempo volta pra trás,
Traz-me tudo o que eu perdi.
Tem pena e dá-me a vida,
A vida que eu já vivi. 

Oh tempo volta pra trás,
Mata as minhas esperanças vãs.
Vê que até o próprio sol,
Volta todas as manhãs.

Vê que até o próprio sol,
Volta todas as manhãs. 
 
Letra e música: Eduardo Dantas e Manuel Paião  
Interpretação- Tony de Matos 
 

  
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Cartas de Amor 
Como jurei,
Com verdade o amor que senti
Quantas noites em claro passei
A escrever para ti
Cartas banais
Que eram toda a razão do meu ser
Cartas grandes, extensas, iguais
Ao meu grande sofrer

Cartas de amor
Quem as não tem
Cartas de amor
Pedaços de dor
Sentidas de alguém
Cartas de amor, andorinhas
Que num vai e vem, levam bem
Saudades minhas
Cartas de amor, quem as não tem

Porém de ti
Nem sequer uma carta de amor
Uma carta vulgar recebi
Pra acalmar minha dor
Mas mesmo assim
Eu para ti não deixei de escrever
Pois bem sabes que tu para mim
És todo o meu viver

Cartas de amor
Quem as não tem
Cartas de amor
Pedaços de dor
Sentidas de alguém
Cartas de amor, andorinhas
Que num vai e vem, levam bem
Saudades minhas
Cartas de amor, quem as não tem.

Letra e música- Alves Coelho Filho

Interpretação- Tony de Matos 
 
 

 
 

 

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A Montanha

Eu vou seguir uma luz lá no alto 
eu vou ouvir
Uma voz que me chama 
eu vou subir
A montanha e ficar bem mais perto de Deus e rezar 
Eu vou gritar 
para o mundo me ouvir e acompanhar
Toda minha escalada e ajudar
A mostrar como é o meu grito de amor e de fé 
Eu vou pedir que as estrelas não parem de brilhar
E as crianças não deixem de sorrir
E que os homens jamais se esqueçam de agradecer 
Por isso eu digo: 
Obrigado Senhor por mais um dia
Obrigado senhor que eu posso ver
Que seria de mim sem a fé que eu tenho em Você 
Por mais que eu sofra,
Obrigado Senhor mesmo que eu chore
Obrigado Senhor por eu saber
Que tudo isso me mostra o caminho que leva a Você
 
Mais uma vez 
Obrigado Senhor por outro dia
Obrigado Senhor que o sol nasceu
Obrigado Senhor agradeço 
Obrigado Senhor         
Por isso eu digo: 
Obrigado Senhor pelas estrelas
Obrigado Senhor pelo sorriso
Obrigado Senhor agradeço 
Obrigado Senhor
 
Mais uma vez
Obrigado Senhor por um novo dia  
Obrigado Senhor pela esperança
Obrigado Senhor agradeço 
Obrigado Senhor
Por isso eu digo: 
Obrigado Senhor pelo sorriso
Obrigado Senhor pelo perdão
 

letra, música e interpretação- Roberto Carlos

 


 

 

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A Moda das Tranças Pretas

 

 
Como era linda com seu ar namoradeiro

 'Té lhe chamavam 'menina das tranças pretas'

 Pelo Chiado caminhava o dia inteiro

 Apregoando raminhos de violetas
 

 

E as raparigas d'alta roda que passavam

Ficavam tristes a pensar no seu cabelo,

Quando ela olhava, com vergonha, disfarçavam

E pouco a pouco todas deixaram crescê-lo.
 

Passaram dias e as meninas do Chiado

Usavam tranças enfeitadas com violetas, 

todas gostavam do seu novo penteado, 

e assim nasceu a moda das tranças pretas.



 Da violeteira já ninguém hoje tem esperanças,

 Deixou saudades, foi-se embora e à tardinha

 Está o Chiado carregado de mil tranças

 Mas tranças pretas ninguém tem como ela as tinha.



Letra, música e interpretação de Vicente da Câmara

 


 

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Nini dos meus Quinze Anos







Chamava-se Nini
Vestia de organdi
E dançava (dançava)
Dançava só pra mim
Uma dança sem fim
E eu olhava (olhava)

E desde então se lembro o seu olhar
É só pra recordar
Que lá no baile não havia outro igual
E eu ia para o bar
Beber e suspirar
Pensar que tanto amor ainda acabava mal

Batia o coração mais forte que a canção
E eu dançava (dançava)
Sentia uma aflição
Dizer que sim, que não
E eu dançava (dançava)

E desde então se lembro o seu olhar
É só pra recordar
Os quinze anos e o meu primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Toda a ternura que tem o primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Que a vida passa
Mas um homem se recorda sempre assim
Nini dançava só pra mim

E desde então se lembro o seu olhar
É só pra recordar
Os quinze anos e o meu primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Toda a ternura que tem o primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Que a vida passa
Mas um homem se recorda, é sempre assim
Nini dançava só pra mim
 
Letra, música e interpretação- Paulo de Carvalho 
 

(clique na imagem para ouvir)












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