um povo sem país

Desde 1940 que milhões de palestinianos têm vivido como refugiados em áreas do território palestiniano ocupado e em países vizinhos principalmente na Jordânia, Líbano e Síria mas também em Israel, Egipto e Iraque. Esta situação é descrita pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados como "de longe o mais prolongado de todos os problemas de refugiados do mundo de hoje".

 A causa do povo palestiniano está representada pela Organização para a Libertação da Palestina. A OLP apoia a coexistência de dois Estados, Israel e Palestina de acordo com certas exigências. A primeira é que Jerusalém Oriental se torne a capital do novo Estado da Palestina. A outra exigência é de que os palestinianos tenham o direito de retornar às terras que eram ocupadas por este povo antes das guerras de 1948 e 1967 com Israel.

Como resultado dos acordos de Oslo de 1993, o acordo de Gaza-Jericó de 1994 criou a Autoridade Nacional Palestiniana como o órgão provisório de autogoverno do Estado da Palestina para governar a Faixa de Gaza e as Áreas A e B da Cisjordânia. Desde então acordos foram rompidos unilateralmente e outros adiados, houve conflitos entre partidos palestinianos, provocações e violência de parte a parte.

A bandeira da Palestina foi adotada pela Autoridade Nacional Palestiniana em 1988 como estandarte do proclamado Estado da Palestina. Tinha sido desenhada em 1916 e foi o símbolo do movimento nacionalista árabe contra a opressão do império Turco-otomano.

A Palestina não é membro da Organização das Nações Unidas e não figura em mapas.



Investigando a polémica que de vez em quando vem a público de que a Palestina foi retirada do Google Maps , a verdade é que nunca lá esteve. O que se passa é o seguinte:

  • O Estado da Palestina aparece representado no Google Maps por um tracejado que delimita a zona da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.



Palestina no Google Maps  



  • Aparece também uma pequena nota retirada da Wikipédia que diz o seguinte:

"Factos rápidos

O Estado da Palestina é um Estado de jure que reivindica soberania sobre os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza e que designa Jerusalém Oriental como sua capital, apesar de seu centro administrativo estar localizado na cidade de Ramallah."
 
 
  • A definição de "de jure" é a seguinte:

De jure (em latim clássico "de iure") é uma expressão latina que significa "pela lei", "pelo direito", em contraste com de facto, que significa justamente "de facto", ou seja, algo praticado. Esta expressão também diz respeito a leis que existem, mas não são respeitadas na prática, ou seja, não são de facto aplicadas.
 
  •  Portanto o Estado da Palestina é um estado de direito mas não é de facto um país.
 
Em 23 de setembro de 2011, o presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Mahmoud Abbas apresentou um pedido de adesão da Palestina às Nações Unidas. 
 
A Assembleia-Geral das Nações Unidas reconheceu no dia 29 de novembro de 2012 a Palestina como Estado observador não-membro.  Na votação, realizada na sede da ONU, em Nova Iorque, 138 países votaram a favor do reconhecimento (entre os quais França, Áustria, Itália, Noruega, Espanha e Brasil) enquanto nove foram contra (Israel, Estados Unidos da América, Canadá, República Checa, Panamá, Palau, Ilhas Marshall, Micronésia e Nauru) e 41 países abstiveram-se (foi o casa do Reino Unido e da Alemanha). Concluindo, na questão do reconhecimento da Palestina como Estado observador não membro, 73 % dos países da ONU votaram a favor, 22 % abstiveram-se e 5% votaram contra.

Os países que não reconhecem a Palestina são liderados pela outra parte interessada, Israel, e alegam que o estabelecimento deste Estado só pode ser determinado através de negociações diretas entre Israel e a Autoridade Nacional Palestiniana. Os principais problemas que atualmente estão a obstruir um acordo são a fronteira, segurança, direitos marítimos, a capital Jerusalém e a liberdade de acesso à locais religiosos.
 
A solução ideal de um estado secular em que muçulmanos, cristãos e judeus pudessem viver sob uma única lei, em paz e com direitos iguais parece utópica neste momento. O conflito Israel/Palestina parece ter como solução a existência de dois estados mas um acordo que chegue à determinação efetiva das fronteiras desses estados não está à vista. O que se passa também é que os territórios ocupados, especialmente a zona de Gaza, que seriam destinados à futura Palestina continuam a encolher ao ser conquistados pouco a pouco por Israel.

As questões importantes são as seguintes:
 
 
   Como é que um país pode existir por lei mas não na prática?   
 
 
    ➩ Quais as circunstâncias que levaram a esta situação?
 
      
  Como se pode chegar a um acordo entre as partes e restituir a Palestina ao povo palestiniano?        





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